© Joana Baptista Costa

Si’ nu’… babbà

Texto Diletta Sereni

O Babá au Rhum foi criado no início do século XVIII pelo pasteleiro Nicolas Stohrer para satisfazer o desejo do rei Stanislas Leszcynski, então exilado na Alsácia. Este bolo fôfo, inicialmente embebido em vinho da Madeira e mais tarde em rum da Jamaica é levado em 1725 para Versalhes quando a princesa Marie Leszcynska, filha do rei polaco, se casa com Luís XV. Cinco anos depois, Stohrer abre a que é hoje a mais antiga pastelaria de Paris, onde ainda se vendem babás. Tal como Maria Antonieta, que ao se casar em 1770 com Luís XVI levou o croissant vienense para França, quando a sua irmã Maria Carolina da Áustria se casa em 1768 com Fernando IV de Bourbon leva para Nápoles o Babá, entre outras especialidades parisienses como o molho bechamel ou o gratinado. Popularizado entre a burguesia napolitana no século XIX, no século XX o Babá torna-se, a par da sfogliatella, o bolo mais popular entre os habitantes desta cidade italiana. Vendido de várias maneiras e dimensões, com e sem calda de rum, o Babá de Nápoles é mais do que um bolo com história: é um fenómeno Fabrico Próprio.

Texto: Diletta Sereni